Por: Aleciane Moreira
O estudo das emoções permite um conhecimento que vai além daquele proporcionado somente através da experimentação psicológica. A consciência só será entendida se estudarmos os processos inconscientes que a viabilizam. Por exemplo, a tomada de decisão não é, na maioria das vezes, um processo racional e cada vez mais se acentua a importância dos sentimentos mais intensos quando se trata se tomar uma decisão.
As emoções são tradicionalmente consideradas estados de consciência subjetivos e as respostas corporais constituem parte integrante nesse processo global, de modo que funcionam em algum espaço psíquico onde a consciência não tem acesso livre. Talvez achamos que não demonstramos emoção alguma, mas há uma boa chance de que estamos fazendo através da expressão facial ou da linguagem corporal sem nem percebermos.
A inteligência emocional no local de trabalho é uma habilidade que nos permite tratar as emoções como dados valiosos quando nos vemos diante de determinadas situações. Por exemplo: um gerente de vendas tem uma ideia fabulosa que aumentará a receita em 200%, mas ele sabe que sua chefia nem sempre estar em um bom momento para ouvi-lo. Ter inteligência emocional, neste caso, significa que esse gerente reconhecerá este fato, em primeiro lugar, e o levará em conta por mais que ele esteja empolgado com a sua ideia. Sua atitude será pautada pelo controle das emoções e por menos entusiasmo até que ele perceba o melhor momento para conversar. Não obstante seja um exemplo no contexto laboral, isso se aplica em qualquer relação díade ou grupal. Ainda nesse contexto laboral, os estudos da área sinalizam que as pessoas levam para o trabalho tudo o que são, inclusive seus traços, seu humor e suas emoções, bem como suas experiências afetivas e expressões de influência alheia.
Sigal Barsade, professora de administração da Wharton, diz que as emoções passam de uma pessoa para a outra como se fossem vírus. Ela ainda afirma que as emoções dos funcionários são parte indissociável do que acontece na empresa. “Se levamos o nosso cérebro para o trabalho, as emoções vão junto”, diz Barsade. Os sentimentos e o comportamento comandam o desempenho.